O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE realizou na manhã de hoje, 10, o seminário Censos Agro e Demográfico: panorama e perspectivas, com informações sobre o fim da coleta do Censo Agropecuário 2017 e o início do planejamento do Censo Demográfico 2020.
Evento é uma parceria com a Frente Parlamentar Mista de Geografia, Estatística e Meio Agroambiental – GEMA e aconteceu das 09 às 12 horas, no auditório Nereu Ramos da Câmara dos Deputados.
Os dados socioeconômicos levantados pelos Censos do IBGE são imprescindíveis para o Brasil, servem tanto para a definição de políticas públicas dos governos como para a iniciativa privada melhor entender os seus mercados de atuação.
No caso específico dos dados populacionais, o levantamento do número de habitantes de cada município é utilizado para a definição das faixas de partição do Fundo de Participação dos Municípios – FPM, para o número de representantes eletivos dos diversos entes federados, além da divisão de outros recursos financeiros dos Governos Estaduais e Federal.
No decorrer do evento, técnicos do IBGE demonstraram nuances dos dois Censos, que estão em fases distintas e serão retratos das realidades brasileiras, para uma plateia com parlamentares, servidores públicos, interessados no assunto e jornalistas.
Da atual fase do Censo Agro 2017, que já teve quase a totalidade dos dados coletados nos mais de 5 milhões de propriedades rurais do país, e encontra-se agora na fase da checagem de informações para a posterior publicação dos dados. E da preparação do Censo Demográfico 2020, com a definição do questionário e a realização de testes das ferramentas e equipamentos, como o funcionamento da plataforma de preenchimento via internet e o coleta piloto de informações.
O Censo Demográfico de 2020 consiste na maior operação de coleta de dados do Brasil, totalmente realizado por meio eletrônico, com a utilização de Dispositivos Móveis de Coleta (DMCs), semelhantes aos smartphones comuns, e plataformas computacionais. No decorrer de 3 meses, cerca de 213 mil recenseadores, contratados temporariamente, irão visitar os mais de 71 milhões de domicílios brasileiros. O orçamento do levantamento gira em torno dos R$ 3 bilhões, com gasto em torno de 14 reais por habitante. Mais de dois terços (67%) dos recursos são destinados ao pagamento de pessoal, cerca de 253 mil contratados no total, consistindo também em um mecanismo de distribuição de renda entre os brasileiros.
A mesa de abertura do Seminário contou com os deputados Carlos Melles, presidente da GEMA, e Luiz Carlos Hauly, além do presidente do IBGE, Luís Olinto Ramos. Segundo o deputado Hauly, “os prefeitos são os maiores interessados e os que mais brigam pela realização do Censo 2020”, em detrimento da necessidade de dados confiáveis sobre a população dos municípios.